Dia 14 de março fui à um Simpósio sobre Imagem Corporal, no IPq - Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo - HCFMUSP. Entre uma multidão de psicólogos e psiquiatras, alguns poucos nutricionistas se aventuravam num campo pouco conhecido por nós, mas de intenso interesse, já que lidamos diariamente com pessoas e a forma como cada um se vê, principalmente na área clínica.
Por conta também de estudar imagem corporal no meu mestrado, me interessei ainda mais pelo tema e descobri como é complexo e fascinante estudar imagem corporal.
Vou compartilhar com vocês um pouco do que aprendi, e do muito a ser estudado sobre o assunto.
Imagem corporal (IC) é a figura que temos em nossas mentes do tamanho e forma de nossos corpos, sentimentos associados a tais características. Imagem corporal é um processo: compreende reflexões, funções cognitivas e afetivas. Seria também uma experiência corporal multidimensional.
A IC tem como componentes: o componente perceptivo, que é como a pessoa se vê e o componente atitudinal, que são pensamentos, sentimentos e ações relativas ao corpo, como a importância que se dá a aparência, o quanto a pessoa se sente atraente, satisfação corporal e depreciação do próprio corpo.
As ICs são determinadas socialmente, não são fixas e influenciam o modo como percebemos o mundo e as relações interpessoais. A relação do jovem com a família também influencia a sua IC. Quanto mais negativa a percepção do jovem a cerca do seu relacionamento familiar, mais comprometida a sua percepção de IC.
A auto-estima é afetada pela IC. Nos países desenvolvidos, estudos encontram que 40-70% das meninas são insatisfeitas com seu corpo e mais de 50% querem ser magras.
Como se têm muito a falar a respeito, no próximo post eu continuo...
Adorei essa frase que tem tudo a ver com Imagem Corporal:
"Não é livre quem é escravo do corpo"
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